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Sou uma aprendente-ensinante*, aluna do cotidiano e de cada fantasia diária. Me alimento de sonhos me enroscando nas redes da razão que costuram possíveis caminhos encantados... *aprendente-ensinante termo de Alicia Fernández

quarta-feira, 24 de abril de 2013





A fresta se abria pela cortina trazendo a rua estreita ensolarada pra dentro de seu olhar. Tarde brilhante de céu muito azul. As árvores são frondosas, poupadas pelo humano, certamente se  apiedaram salvando-as do corte frio e fulminante.

É Outono lá fora, estação do aconchego, do vinho, do calor do edredon e da saudade de muita gente...

De repente vem o desejo de escrever. Faz-se catarse para minha alma. Extravaso sonhos  que não ouso escutar de minha própria voz. Escrever facilita o tráfego de angústias e ameniza a ansiedade, beirando o prazer.

Palavras escritas são fotografias da mente que se mente e  se omite como som, mas que se traduz em pequenos textos. Conversas grafadas consigo mesma, sem som...

A falta da escuta pelo outro abafa, sufoca, entorpece o imaginário, por isso escrevo aqui. Todos são apenas e, unicamente, olhos que leem e entendem conforme lhes convém. Mas fica dito.

Fecho a cortina e vou ao encontro do Sol, ele abraça, acolhe e aquece. Não preciso mais das palavras.

24/04/2013

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