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Sou uma aprendente-ensinante*, aluna do cotidiano e de cada fantasia diária. Me alimento de sonhos me enroscando nas redes da razão que costuram possíveis caminhos encantados... *aprendente-ensinante termo de Alicia Fernández

sexta-feira, 26 de abril de 2013









Deparou-se com uma grande encruzilhada. Seus sonhos se derretiam, lentamente, feito sorvete ao Sol. Abandonara a razão desde que perdera um grande amor. Ficara desorientada e toda decisão lhe parecia frustada, ineficiente, imponderada.

Precisava, urgentemente, atender à razão que lhe anunciava o possível fim da angústia. Viver de sonhos a enebriava, flutuava, e alcançava nuvens, mas o desencanto quando abria os olhos cegava-lhe com o frio da verdade.

Qual caminho a seguir? O que despontava inerte a sua frente ou o eletrizante e convidativo que acenava sorrindo? 
Sabia que ambos eram férteis como plantações de soja em plena safra...sabia que podia contar com as flores e os frutos de ambos. 

Fazia previsões e intuía acontecimentos certeiros, tinha esse dom. Dom de vislumbrar o além horizonte.  Nunca falhava, essa sua mania de  prever e não se deixar subverter pelo imediato a tornava arredia. Queria, mas não sabia como alcançar.

[26/04/2013]

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