Deparou-se com uma grande encruzilhada. Seus sonhos se derretiam, lentamente, feito sorvete ao Sol. Abandonara a razão desde que perdera um grande amor. Ficara desorientada e toda decisão lhe parecia frustada, ineficiente, imponderada.
Precisava, urgentemente, atender à razão que lhe anunciava o possível fim da angústia. Viver de sonhos a enebriava, flutuava, e alcançava nuvens, mas o desencanto quando abria os olhos cegava-lhe com o frio da verdade.
Qual caminho a seguir? O que despontava inerte a sua frente ou o eletrizante e convidativo que acenava sorrindo?
Sabia que ambos eram férteis como plantações de soja em plena safra...sabia que podia contar com as flores e os frutos de ambos.
Fazia previsões e intuía acontecimentos certeiros, tinha esse dom. Dom de vislumbrar o além horizonte. Nunca falhava, essa sua mania de prever e não se deixar subverter pelo imediato a tornava arredia. Queria, mas não sabia como alcançar.
[26/04/2013]
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